Primeiro jato supersônico civil dos EUA quebra a barreira do som em voo histórico

Creditos- CNN Brasil

Imagens divulgadas recentemente mostram o momento em que o primeiro jato supersônico civil dos Estados Unidos, o XB-1, rompeu a barreira do som durante seu segundo voo, realizado em 10 de fevereiro. De acordo com a CNN, a aeronave, desenvolvida pela Boom Supersonic, atingiu velocidades superiores a Mach 1 sobre o Deserto de Mojave, marcando um avanço significativo para a aviação comercial.

As imagens foram capturadas por equipes da Nasa em solo, utilizando a técnica de fotografia de Schlieren, que revela as ondas de choque ao redor da aeronave, tornando visível o que normalmente seria invisível a olho nu. Para obter esses registros, o piloto chefe de testes da Boom, Tristan “Geppetto” Brandenburg, precisou posicionar o XB-1 com precisão enquanto a aeronave passava em frente ao sol.

Silêncio no céu: nenhum estrondo sônico audível

Outro destaque revelado pela CNN é que, durante o voo, nenhum estrondo sônico audível foi registrado no solo. A Boom Supersonic afirma que essa conquista é essencial para viabilizar o retorno das viagens comerciais supersônicas, minimizando um dos maiores problemas enfrentados pelo Concorde: o som estrondoso que levou à proibição de voos supersônicos sobre áreas densamente povoadas.

Blake Scholl, fundador e CEO da Boom Supersonic, explicou à CNN que eliminar o estrondo sônico audível abre caminho para voos até 50% mais rápidos entre as costas dos EUA. A empresa já acumula 130 pedidos para seu próximo projeto, o Overture, incluindo de companhias como American Airlines, United Airlines e Japan Airlines.

Tecnologia de ponta para um futuro supersônico

Segundo a CNN, o XB-1 serve como teste para novas tecnologias que serão implementadas no Overture. Diferente do Concorde, que usava um nariz móvel para garantir a visibilidade dos pilotos durante a decolagem e o pouso, o XB-1 adota um sistema de visão de realidade aumentada, proporcionando uma alternativa mais leve e eficiente.

Scholl destacou à CNN que o uso da engenharia digital tem sido fundamental para os avanços da Boom, permitindo testar centenas de configurações aerodinâmicas de forma rápida e econômica. O Overture será movido por motores a jato convencionais, capazes de operar com até 100% de combustível de aviação sustentável, reforçando o compromisso com uma aviação mais eficiente e ecológica.

Com esses avanços, a Boom Supersonic mantém sua meta ambiciosa: colocar o Overture em operação antes do final da década, transportando de 64 a 80 passageiros a quase o dobro da velocidade dos aviões comerciais atuais.

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