A 97ª edição do Oscar foi realizada neste domingo (2) em Los Angeles, consagrando “Anora” como o grande vencedor da noite, com cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Direção. A produção brasileira “Ainda estou aqui” recebeu o prêmio de Melhor Filme Internacional.
A cerimônia, promovida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, destacou produções de diferentes gêneros e países, reforçando a diversidade na indústria cinematográfica.
Clique e veja a lista completa dos vencedores
- Melhor Filme: Anora (EUA)
- Melhor Direção: Sean Baker, por Anora
- Melhor Atriz: Mikey Madison, de Anora
- Melhor Ator: Adrien Brody, de O brutalista
- Melhor Filme Internacional: Ainda estou aqui (Brasil)
- Melhor Roteiro Original: Anora
- Melhor Roteiro Adaptado: Conclave (EUA, Reino Unido)
- Melhor Animação: Flow (Letônia, Bélgica, França)
- Melhor Trilha Sonora: O brutalista (EUA, Reino Unido, Canadá)
- Melhor Fotografia: O brutalista
- Melhor Filme de Curta-Metragem: I’m not a robot (Holanda)
- Melhores Efeitos Visuais: Duna: Parte 2 (EUA, Canadá, EAU, Hungria, Itália, Nova Zelândia, Jordânia, Gâmbia)
- Melhor Som: Duna: Parte 2
- Melhor Documentário: No other land (Território Palestino Ocupado, Noruega)
- Melhor Documentário de Curta-Metragem: The only girl in the orchestra (EUA)
- Melhor Canção Original: El Mal, de Emilia Pérez
- Melhor Direção de Arte: Wicked (EUA, Japão, Canadá, Islândia, Reino Unido)
- Melhor Atriz Coadjuvante: Zoe Saldaña, de Emilia Pérez
- Melhor Montagem: Anora
- Melhor Maquiagem e Cabelo: A substância (Reino Unido, França)
- Melhor Figurino: Wicked
- Melhor Curta-Metragem Animado: In the shadow of cypress (Irã)
- Melhor Ator Coadjuvante: Kieran Culkin, de A verdadeira dor
Conquista Histórica para o Brasil
E, a noite foi ainda mais especial: o cinema brasileiro alcançou um marco histórico ao conquistar, pela primeira vez, uma estatueta do Oscar, com o filme “Ainda Estou Aqui”. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, o filme narra a história real de Eunice Paiva, que enfrentou a perda do marido durante a ditadura militar brasileira dos anos 1970.
Vencedor de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” também recebeu indicações nas categorias de Melhor Filme do Ano e Melhor Atriz para Fernanda Torres, que, embora não tenha vencido, repetiu o feito de sua mãe, Fernanda Montenegro, indicada na mesma categoria em 1999 por “Central do Brasil”, também dirigido por Salles.
Historicamente, o Brasil já havia sido indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional com “O Pagador de Promessas” (1963), “O Quatrilho” (1996), “O Que É Isso, Companheiro?” (1998) e “Central do Brasil” (1999), mas nunca havia conquistado o prêmio. Além disso, “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985), uma coprodução brasileira, recebeu quatro indicações, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor para Hector Babenco, com William Hurt vencendo como Melhor Ator.
A conquista de “Ainda Estou Aqui” representa um reconhecimento significativo para o cinema brasileiro, destacando sua capacidade de contar histórias universais com profundidade e sensibilidade.
A Importância do Cinema para a Cultura
O cinema desempenha um papel fundamental na preservação e na difusão da cultura, funcionando como um espelho das sociedades e como uma forma de expressão artística universal. Por meio das produções cinematográficas, histórias são contadas, tradições são representadas e debates sobre temas sociais relevantes são fomentados. Além disso, o cinema tem o poder de conectar diferentes culturas, promovendo o intercâmbio de ideias e ampliando a compreensão sobre realidades distintas.
A valorização de produções internacionais e independentes no Oscar 2025 reforça a diversidade do setor e destaca a relevância do cinema como uma ferramenta de transformação social e de registro histórico. Com sua capacidade de emocionar, educar e inspirar, o cinema segue sendo um dos pilares da cultura mundial.

