O Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, entrou em restrição temporária máxima na tarde desta quarta-feira (21), após registrar superlotação de 175% na emergência. A unidade, referência na região, está sem disponibilidade de leitos, o que levou à adoção de medidas emergenciais para reorganização do atendimento.
Segundo comunicado da direção técnica do hospital, pacientes de demanda espontânea continuarão sendo acolhidos e classificados, conforme a gravidade do caso. No entanto, casos de menor complexidade devem ser redirecionados a outros serviços da rede municipal e regional de saúde. Apenas os atendimentos por vaga zero impositiva da SAMUcontinuarão sendo recebidos normalmente.
A situação crítica em Capão da Canoa reflete o panorama de sobrecarga enfrentado por hospitais em todo o Estado. Na capital, Porto Alegre, sete das dez emergências hospitalares estão operando com restrições, com superlotação de leitos e aumento expressivo de internações. A Santa Casa, por exemplo, ultrapassa 300% de ocupação, enquanto a UPA Moacyr Scliar chega a 340%.
A alta na demanda hospitalar está relacionada, sobretudo, ao crescimento dos casos de doenças respiratórias com a chegada do inverno, afetando tanto adultos quanto crianças. Porto Alegre decretou situação de emergência em saúde pública na última semana, com validade inicial de 90 dias, justamente por conta do aumento nos registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e pela iminência de colapso da rede hospitalar.
