Vigilante é espancado até a morte dentro da estação Anchieta da Trensurb, em Porto Alegre

Foto: Marcos Pacheco/RBS TV

Um homem foi morto após ser brutalmente agredido por um grupo dentro da estação Anchieta da Trensurb, na zona norte de Porto Alegre, por volta das 19h da terça-feira (13). A vítima, identificada como Marlon Celso da Costa, de 44 anos, era vigilante terceirizado da empresa Star Service, prestadora de serviços à Ceasa/RS.

Segundo a Polícia Civil, Marlon foi abordado na plataforma da estação por um grupo de seis indivíduos. Testemunhas relataram que os agressores pediram para outros usuários se afastarem antes de iniciar as agressões. O vigilante foi espancado com socos e chutes. Ele chegou a ser socorrido por seguranças da Trensurb e pelo SAMU, sendo levado com vida ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos.

De acordo com a Ceasa/RS, o ataque pode ter sido motivado por uma abordagem de rotina realizada por Marlon no início do dia. Na ocasião, um homem que não possuía documentação regular teria sido convidado a se retirar do complexo. Segundo a nota oficial da instituição, o agressor seria a mesma pessoa abordada anteriormente, que retornou à estação acompanhado de outros indivíduos para cometer o ataque.

O crime está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Conforme o delegado Mário Souza, os autores agiram em retaliação após um desentendimento com a vítima. “Foi uma morte brutal, por socos, pontapés e chutes. Não houve uso de arma de fogo ou faca. O principal suspeito teria organizado o grupo para cometer a vingança”, afirmou.

As câmeras de segurança da estação registraram toda a ação. Quatro suspeitos já foram identificados pelas autoridades, mas até a manhã desta quarta-feira (15), ninguém havia sido preso.

Nota da Trensurb

Em nota oficial, a Trensurb lamentou o ocorrido e informou que agentes de segurança presentes na estação prestaram os primeiros socorros. A empresa reiterou que o sistema de videomonitoramento identificou a briga e que as imagens estão sendo repassadas à Polícia Civil. A companhia afirmou ainda que seus protocolos de segurança são periodicamente revisados e que seguirá colaborando com as investigações.

Repercussão

O caso gerou comoção entre familiares, amigos e representantes da categoria. O Sindicato dos Vigilantes do Sul (SindiVigilantes) divulgou nota de pesar destacando a trajetória de Marlon como sindicalista, atuando entre 2013 e 2020 na defesa dos direitos dos trabalhadores da segurança privada. Ele também foi ex-diretor da entidade.

“Perdemos um grande amigo e um guerreiro pela categoria. A forma como tudo aconteceu causa grande revolta e evidencia os riscos dessa profissão, muitas vezes negligenciada”, declarou José Airton de Souza Trindade, presidente do sindicato.

Homenagens

Descrito por amigos como um pai dedicado, marido amoroso e profissional respeitado, Marlon morava em Sapucaia do Sul, era casado e deixa quatro filhos e três netos. Seu sepultamento está marcado para esta quinta-feira (15), no Cemitério Pio XII, em Sapucaia.

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