O Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte (MOVLN) completa, no próximo dia 18 de maio, um ano de atividades voltadas à proteção ambiental e à promoção de desenvolvimento sustentável na região. A data será marcada por um encontro na Lagoa do Marcelino, em Osório, com a presença de integrantes, apoiadores e representantes da comunidade.
Criado em março de 2024, o movimento reúne instituições, coletivos e cidadãos com o objetivo de combater ameaças ambientais e denunciar questões polêmicas referentes ao planejamento urbano no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A atuação do MOVLN tem se concentrado especialmente em temas como saneamento básico, expansão urbana e especulação imobiliária.
Entre as principais ações realizadas ao longo do primeiro ano, o Movimento destaca a articulação técnica e social em torno da obra de emissários projetados para despejar efluentes na bacia do Rio Tramandaí. A mobilização resultou na formulação de um requerimento técnico e na realização de audiências públicas — incluindo uma das maiores já registradas na região, com mais de mil participantes em Tramandaí. A repercussão levou à reavaliação da obra por parte do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual, que passaram a contestar o projeto e ingressaram com uma ação de paralisação.
Outro ponto de atuação atual do MOVLN é a oposição à implantação do Porto Meridional, previsto para Arroio do Sal. O movimento aponta riscos socioambientais, ausência de viabilidade técnica e econômica, e falta de transparência no processo de licenciamento.
A celebração do primeiro ano de atividades ocorre em um momento de intensificação das disputas sobre os rumos do desenvolvimento no Litoral Norte. A proposta do movimento é seguir fortalecendo o engajamento comunitário, ampliar o diálogo com o poder público e defender soluções que priorizem a preservação ambiental e a qualidade de vida para todos os habitantes da região.
