Um forte terremoto de magnitude 7,5 foi registrado na manhã desta sexta-feira (2) no Estreito de Drake, entre o sul do Chile e a Antártida, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor teve epicentro localizado a cerca de 219 quilômetros da cidade argentina de Ushuaia e a 438 quilômetros da chilena Punta Arenas, com profundidade de 10 quilômetros sob as águas.
A região afetada está entre as mais instáveis do mundo em termos tectônicos e conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, sendo rota comum de navios comerciais e missões científicas rumo à Antártida.
Evacuação e alerta de tsunami
Como medida de precaução, os órgãos de defesa ordenaram a evacuação imediata das áreas costeiras da Região de Magalhães e Terra do Fogo. O Presidente chileno, Gabriel Boric, usou as redes sociais para reforçar a orientação:
“Pedimos a evacuação de toda a costa da Região de Magalhães. Neste momento, nosso dever é prevenir e obedecer às autoridades”, afirmou.
Na Argentina, autoridades de Ushuaia também iniciaram a retirada de moradores diante do risco de ondas anormais. Equipes foram mobilizadas e protocolos de emergência foram ativados.
Série de tremores na Argentina
Menos de 24 horas antes, na tarde de quinta-feira (1º), a província de La Rioja, no noroeste da Argentina, havia sido atingida por um terremoto de magnitude 5,4. O epicentro foi registrado a 37 quilômetros ao norte do departamento de Famatina, a sete quilômetros de profundidade.
O tremor foi sentido em várias cidades da região, inclusive Córdoba, onde moradores relataram o balanço de prédios altos. Segundo o jornal argentino La Nación, moradores mais antigos afirmaram que não sentiam algo parecido desde o terremoto de San Juan, em 1977, que chegou a 7,4 graus.
Até o momento, não há registros de feridos em decorrência dos abalos, mas as autoridades seguem em estado de alerta. O evento destaca a vulnerabilidade sísmica da região sul do continente, exigindo constante atenção e resposta coordenada dos governos locais.