Uma força-tarefa envolvendo diferentes esferas da segurança pública e da saúde realizou, nesta quarta-feira (23), o transporte de um coração doado por uma criança de oito anos, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, até Curitiba (PR). O órgão foi destinado a uma menina, de 11 anos, que aguardava por um transplante.
Dada a urgência e a delicadeza do procedimento, o coração foi transportado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e escoltado por forças de segurança. A operação mobilizou servidores de fiscalização de trânsito, Polícia Rodoviária Federal e militares do Exército, garantindo agilidade e segurança no trajeto.
O tempo limite entre a retirada do órgão e o transplante é de quatro horas. Em menos de 3 horas e 30 minutos após a captação, o coração já estava batendo na receptora em Curitiba. A logística envolveu profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos, que atuaram diretamente na realização do transplante e no apoio às famílias envolvidas.
Além do coração, o menino de Caxias do Sul também teve rins, fígado e córneas doados, beneficiando outros pacientes que aguardavam na fila de espera.
No Rio Grande do Sul, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, 18 pessoas aguardam atualmente por um transplante de coração. A maior demanda, no entanto, é por rins, com mais de 1.500 pacientes na lista de espera. Em 2024, o Estado realizou aproximadamente 1,6 mil transplantes, apesar de uma queda no número de doadores – foram 194 registros, contra 285 em 2023.
