Moradores de diversas cidades do Litoral Norte do Rio Grande do Sul foram surpreendidos, na noite de quarta-feira (23), por um espetáculo celeste incomum. Um meteoro classificado como “superbólido” cruzou o céu do estado por volta das 19h01, deixando um rastro luminoso visível a olho nu em diferentes regiões, incluindo o sul de Santa Catarina.
O fenômeno foi registrado por câmeras do Observatório Heller & Jung, localizado em Taquara, e é considerado o maior já documentado no Rio Grande do Sul desde 2020. De acordo com análises preliminares, o meteoro percorreu a atmosfera na direção nordeste do Estado, com uma magnitude superior a -17, valor significativamente mais alto do que o da Lua cheia, que tem magnitude aparente de -12,74.
Cidades como Torres, Arroio do Sal, Capão da Canoa, Xangri-Lá, Tramandaí, Osório e Santo Antônio da Patrulha relataram a passagem do meteoro. Moradores utilizaram redes sociais e aplicativos de mensagens para compartilhar vídeos e relatos do momento. Alguns afirmaram ter ouvido um forte estrondo no instante da passagem, possivelmente causado por um “sonic boom” — ruído típico da explosão de um objeto que ultrapassa a velocidade do som ao atravessar a atmosfera.
O termo “superbólido” é utilizado para designar meteoros com brilho muito intenso, cuja luminosidade supera até mesmo a da Lua. A formação do rastro no céu ocorre quando fragmentos de corpos celestes entram na atmosfera terrestre em alta velocidade, gerando atrito com os gases e se tornando incandescentes.
A maioria desses objetos se desintegra completamente antes de atingir o solo. No entanto, em casos raros, quando fragmentos resistem à entrada atmosférica e chegam à superfície, eles são classificados como meteoritos. Até o momento, o Observatório informou que a origem exata do fragmento que gerou o superbólido desta quarta-feira ainda é desconhecida.
