Caso Bernardo: Edelvânia Wirganovicz é encontrada morta no presídio; Graciele Ugulini progride para o semiaberto

Foto: Jefferson Botega/Agencia RBS

A Polícia Penal confirmou nesta terça-feira (22) a morte de Edelvânia Wirganovicz, 51 anos, condenada pelo assassinato de Bernardo Boldrini, em 2014. Ela foi encontrada sem vida no pátio do Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, onde cumpria pena em regime semiaberto.

O crime ganhou notoriedade nacional pela sua crueldade e pelos motivos que o cercaram. Segundo o Ministério Público, Edelvânia teria recebido R$ 6.000 e a promessa de apoio financeiro futuro para participar do assassinato, o que reforçou a repercussão e indignação pública à época.

A morte de Edelvânia está sendo minuciosamente investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. As circunstâncias do falecimento ainda são incertas e levantam dúvidas entre os investigadores. De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), há indícios que apontam suicído por enforcamento, mas todas as hipóteses estão sendo analisadas.

A apuração está a cargo da 1ª Delegacia de Homicídios da Capital, que já iniciou a coleta de provas e depoimentos; detentas e servidores penitenciários estão entre os primeiros a serem ouvidos. Por envolver uma pessoa condenada em um dos crimes de maior repercussão no Estado, o caso é tratado como prioridade pelas autoridades.

Já, a também condenada pelo crime, Graciele Ugulini, 47 anos, madrasta de Bernardo, obteve recentemente o direito de cumprir pena em regime semiaberto. A decisão foi proferida na última semana pelo juízo da 2ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Porto Alegre, com base nos critérios legais de progressão de regime, incluindo comprovação de trabalho e estudo.

Graciele continua, por ora, no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier, aguardando transferência para uma unidade compatível com o novo regime.

Relembre o caso

Bernardo Boldrini, de 11 anos, desapareceu em abril de 2014 em Três Passos, no Noroeste do Estado. Dez dias depois, o corpo do menino foi localizado em uma cova em Frederico Westphalen. O crime, que gerou ampla comoção no Rio Grande do Sul, teve quatro condenados: além de Edelvânia e Graciele, também foram responsabilizados o pai da criança, Leandro Boldrini, e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.

Evandro foi o primeiro a cumprir integralmente a pena e está em liberdade desde janeiro de 2024. Leandro, atualmente com 49 anos, cumpre pena em regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria, após ter sido beneficiado por progressão de regime no ano passado. Ele teve o registro profissional cassado pelo Conselho Federal de Medicina em fevereiro deste ano e foi desligado do Hospital Universitário da UFSM, onde atuava em um programa de residência médica.

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