RS registra primeiro caso de sarampo desde janeiro de 2024

Foto: Ilustrativa

A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirmou, na noite de quinta-feira (17), o primeiro caso de sarampo no Rio Grande do Sul em 2025. O registro marca o retorno da doença ao Estado após mais de um ano sem confirmações — o último caso havia sido registrado em janeiro de 2024. O paciente é um adulto, morador da capital gaúcha, sem comprovação vacinal, que retornou de viagem aos Estados Unidos no final de março.

Diante da confirmação, a Diretoria de Vigilância em Saúde acionou o alerta para toda a rede de atenção à saúde — atenção para áreas com grande circulação de pessoas, como o Litoral Norte; a região, conhecida por seu fluxo turístico intenso e proximidade com Porto Alegre, é considerada estratégica para o monitoramento e prevenção de novas transmissões.

O paciente apresentou os primeiros sintomas no início de abril. Como o sarampo é altamente contagioso e pode ser transmitido antes mesmo do surgimento das manchas avermelhadas na pele — um dos sinais característicos —, o risco de disseminação é elevado. Além das manchas, a doença pode causar febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com outras infecções virais, como a dengue, também presente de forma epidêmica em várias cidades do estado.

O caso acende um alerta para a importância da vacinação, considerada a forma mais eficaz de prevenção. Autoridades de saúde reforçam a necessidade de atualização da caderneta vacinal, especialmente entre crianças, profissionais da saúde, da educação e viajantes internacionais. Em casos de contato com indivíduos infectados, a aplicação da vacina em até 72 horas pode impedir o desenvolvimento da doença.

Além da imunização, os protocolos recomendam o isolamento de casos suspeitos por pelo menos quatro dias após o aparecimento das manchas, uso de máscara desde a chegada às unidades de saúde e levantamento de todos os locais frequentados pelo paciente durante o período de transmissão. Pessoas que tiveram contato direto devem ser monitoradas por até 30 dias quanto ao surgimento de sintomas.

Com o primeiro caso de sarampo confirmado em 2025, o Rio Grande do Sul volta a figurar entre os Estados com circulação ativa do vírus. O cenário reforça a necessidade de ações rápidas e coordenadas para evitar novos casos.

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