Capão da Canoa comemorou no último sábado (12) seus 43 anos de emancipação político-administrativa, celebrando não apenas sua história, mas também uma trajetória de crescimento expressivo que tem transformado a cidade em uma referência no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. As festividades foram realizadas durante o 26º Rodeio Crioulo, promovido no CTG João Sobrinho, e reuniram moradores e visitantes em um ambiente tradicionalista.
Fundada oficialmente em 12 de abril de 1982, por meio da Lei Estadual nº 7.638, a cidade se consolidou como o município mais populoso da região litorânea, com cerca de 64 mil habitantes, segundo o Censo 2022. A emancipação de Capão da Canoa foi o resultado de um processo iniciado ainda na década de 1960, com mobilizações e articulações locais que culminaram na separação do, então, distrito de Osório.
Ao longo das décadas, Capão da Canoa deixou de ser apenas um destino de veraneio. Hoje, representa um dos principais pólos de desenvolvimento urbano e econômico do litoral gaúcho; a expansão imobiliária se destaca entre os setores mais dinâmicos. Com projetos modernos, o município atrai não só turistas, mas também novos moradores em busca de qualidade de vida. Em 2023, o valor geral de vendas de empreendimentos cresceu mais de 50%, com aumento de 73% apenas em janeiro, segundo dados do setor imobiliário.
O crescimento populacional, impulsionado pela chegada de famílias em idade ativa durante e após a pandemia, contribuiu para a diversificação econômica e o fortalecimento constante da infraestrutura urbana.
Com 19,1 km de extensão costeira e dividida em quatro distritos — Sede, Capão Novo, Arroio Teixeira e Curumim —, Capão da Canoa segue como um dos principais destinos turísticos do Estado. Já figurou entre as 10 tendências mundiais de destinos no Airbnb e vem se preparando para qualificar ainda mais seus serviços e recepção aos visitantes.
O passado, no entanto, também segue vivo na memória da cidade. Desde sua origem como “Arroio da Pescaria”, no início do século XX, quando pescadores e aventureiros se instalaram à beira-mar, até a chegada dos veranistas da Serra Gaúcha e de Porto Alegre, Capão da Canoa construiu sua identidade a partir do encontro entre tradição, natureza e hospitalidade. Ao longo do tempo, o nome antigo deu lugar à atual denominação, que já existia no interior da antiga fazenda da família Nunes, na região que hoje integra o município vizinho de Xangri-lá.
Hoje, aos 43 anos, Capão da Canoa reafirma sua vocação para o progresso, com investimentos constantes em urbanismo, turismo e infraestrutura. O município se destaca como um lugar onde é possível viver, investir e crescer, mantendo viva a memória de seu passado e projetando um futuro promissor para as próximas gerações.
