Vítima conhecia os riscos de procedimento estético clandestino antes de morrer; suspeita foge do local

Foto: Divulgação PCRS

A Polícia Civil investiga a morte de uma mulher transexual ocorrida na manhã deste domingo (23), em Capão da Canoa, após a realização de um procedimento estético clandestino com a aplicação de silicone industrial. A vítima, identificada com o nome social de Karoline, tinha ciência dos riscos envolvidos e do histórico da suspeita, que já possuía antecedentes criminais por casos semelhantes.

De acordo com informações, Karoline havia buscado a suspeita, identificada como B.B., em Porto Alegre e a levado até Capão da Canoa para a realização do procedimento. Uma amiga da vítima, também transexual, acompanhou a sessão e relatou às autoridades que ambas tinham pleno conhecimento de que outras duas pessoas haviam falecido em situações análogas após procedimentos realizados pela mesma pessoa. Mesmo cientes do perigo, decidiram seguir com a aplicação.

Na noite anterior, as amigas teriam comparecido a um terreiro em Santo Antônio da Patrulha, onde participaram de um ritual espiritual conduzido por um casal de “pais de santo”; segundo a testemunha, a cerimônia foi realizada para proteção e preparação ao procedimento.

Procedimento e agravamento dos fatos

De acordo com informações prestadas pela Polícia, no domingo pela manhã, durante a aplicação do silicone industrial, Karoline começou a passar mal; a suspeita, então, teria solicitado que a amiga buscasse água e, posteriormente, leite com sal, alegando que a situação estava piorando.

No entanto, ao perceber o agravamento do quadro da vítima, B.B. rapidamente recolheu os materiais utilizados, colocou-os em uma sacola e fugiu do local, deixando a vítima sem assistência; desde então, encontra-se foragida. A amiga buscou ajuda de vizinhos, que acionaram o serviço de emergência, porém equipes do SAMU, ao chegarem ao local, atestaram o óbito.

A Polícia Civil foi acionada para esclarecer todas as circunstâncias do ocorrido; a investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Capão da Canoa sob a tipificação de homicídio doloso e exercício ilegal da medicina. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) realizou os levantamentos no local e o corpo foi encaminhado ao Departamento Médico-Legal (DML) para necropsia.

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