Balneabilidade: Capão da Canoa e Osório têm pontos impróprios para banho; prefeituras se manifestam

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) divulgou na última sexta-feira, 31 de janeiro de 2025, o sétimo boletim do projeto Balneabilidade 2024-2025. Dos 93 pontos monitorados no litoral norte e no interior do Rio Grande do Sul, 80 estão próprios para banho, enquanto 13 foram classificados como impróprios, representando uma redução em relação ao boletim anterior – que registrava 83 pontos próprios.

No Litoral Norte, dos 34 pontos analisados, 31 permanecem adequados para os banhistas, enquanto três foram considerados inadequados:
Capão da Canoa – Edifício Aymoré
• Capão da Canoa – Edifício Yara
• Osório – Lagoa do Peixoto

Esta é a primeira vez nesta temporada que dois pontos em Capão da Canoa são classificados como impróprios para banho e a terceira vez que a Lagoa do Peixoto, em Osório, aparece na lista.

Em resposta aos resultados do boletim, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) informou que realiza vistorias preventivas de rotina nas redes de esgoto para manter o sistema em pleno funcionamento e que, após a divulgação dos pontos impróprios em Capão da Canoa, equipes estiveram nos locais realizando novas coletas e análises, não identificando extravasamentos na rede. A Companhia reforçou seu compromisso em manter a qualidade dos serviços prestados, atendendo às diretrizes do saneamento, colocando-se à disposição para fornecer mais informações.

A Fepam realiza coletas semanais para monitorar a qualidade da água nos balneários gaúchos, fornecendo informações atualizadas aos banhistas sobre as condições de balneabilidade. A instituição recomenda que os veranistas consultem os boletins antes de frequentar as praias e balneários, garantindo, assim, uma experiência segura. 

Como ocorre a classificação?

  • A classificação de um ponto como impróprio para banho ocorre quando são detectados níveis elevados de coliformes fecais na água, indicando possível contaminação por esgoto doméstico ou outros poluentes. Fatores como chuvas intensas podem contribuir para o aumento desses índices, ao carrear resíduos para os corpos d’água. Por isso, é aconselhável evitar o banho em locais próximos a saídas de córregos ou rios que deságuam nas praias, especialmente nas primeiras 24 horas após chuvas fortes.

A Fepam reforça a importância de os banhistas estarem atentos à sinalização nas praias e balneários. Placas indicativas são colocadas nos locais monitorados para informar sobre a qualidade da água. Além disso, é fundamental que a população colabore, evitando o descarte inadequado de resíduos e respeitando as orientações das autoridades ambientais.

A TV Litoral também procurou as prefeituras das cidades para manifestações; confira abaixo o que elas dizem.

Resposta da prefeitura de Osório à TV Litoral
Sobre a balneabilidade imprópria da Lagoa do Peixoto, a prefeitura de Osório esclarece que a lagoa do Marcelino, que está interligada à lagoa do Peixoto, durante muito tempo, recebeu o lançamento de esgoto bruto, sem tratamento. Mas com o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto de Osório, no final do ano passado, a expectativa é que, aos poucos, a lagoa se recupere e isso vá se refletir na Lagoa do Peixoto. Para esse ano, também já está sendo elaborado um plano de recuperação da Lagoa do Marcelino, por parte da Corsan Aegea. Além de outras políticas que estão sendo articuladas como compensação ambiental. Essa recuperação deverá refletir, futuramente, de forma positiva na balneabilidade da Lagoa do Peixoto.

Resposta da prefeitura de Capão da Canoa à TV Litoral
A prefeitura tem tomado providências desde o relatório emitido pela FEPAM, em conjunto com a CORSAN pensando no melhor para a população. Está sendo realizado novas análises e os resultados estão sendo positivos, atingindo números próximos aos das semanas anteriores que estavam em caráter de normalidade.

Para mais detalhes e atualizações, os interessados podem acessar o site oficial da Fepam. 

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