O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil seguem aprofundando as investigações para esclarecer o ataque ocorrido em Imbé, quando uma jovem de 15 anos arremessou óleo quente contra a mãe, a irmã de 4 anos e o padrasto. O caso, registrado na terça-feira (19), é analisado em segredo de Justiça devido ao envolvimento de menores.
Contexto e Motivações
A adolescente alegou, em audiência, que reagiu a agressões cometidas pelo padrasto, versão que ainda não foi refutada. O homem, que também foi ferido a facadas pela jovem, estava em casa após uma saída temporária da Penitenciária Modulada de Osório, onde cumpria pena por roubo. A promotora Cristiane Della Méa Corrales indicou que o MP poderá reavaliar a internação provisória da adolescente e destacou a necessidade de uma investigação mais ampla, incluindo depoimentos da mãe e do padrasto.
Situação das Vítimas
- Mãe: Internada no Hospital Tramandaí, sofreu queimaduras em 30% do corpo. Embora tenha sido intubada preventivamente, já foi extubada e está consciente. Não houve transferência para um centro especializado por falta de vagas.
- Irmã de 4 anos: Sofreu queimaduras em 7% do corpo, com 2% de segundo grau, mas já recebeu alta hospitalar.
- Padrasto: Está internado no Hospital de Pronto Socorro em Porto Alegre, onde se recupera dos ferimentos.
Acompanhamento e Diligências
A promotora Susana Spode, que assumiu o caso na quinta-feira (21), solicitou ao Conselho Tutelar o histórico familiar. A investigação busca entender se a ação da adolescente foi uma reação legítima a agressões ou se envolve outros fatores.
O desfecho deste caso poderá trazer repercussões tanto no campo judicial quanto na proteção dos envolvidos, especialmente das crianças.
Laura Pires Haendchen