O Grêmio venceu o Caxias fora de casa por 2 a 1, neste sábado, mas sob forte pressão do time da Serra. A partida de ida da semifinal do Gauchão 2024 contou com a presença de mais de 5 mil pessoas que assistiram a vitória tricolor abaixo de muita chuva, no Estádio Centenário.
Marcado para o dia 26, no jogo de volta, na Arena, os gremistas vão jogar pelo empate para carimbar um lugar na final.
O Tricolor não teve atuação de luxo no primeiro tempo, mas abriu o placar com Cristaldo que cabeceou um cruzamento, mas precisou se esticar no rebote dado pelo goleiro. Na segunda etapa, o tricolor ampliou quando Diego Costa foi derrubado na área e o juiz assinalou pênalti. O atacante cobrou e parecia ter resolvido para o Grêmio. Mas Du Queiroz marcou contra aos 30 do segundo tempo e colocou fogo no jogo.
Primeiro tempo movimentado
A partida começou movimentada e com domínio do clube de Caxias. O goleiro Caíque precisou trabalhar bastante nos 20 primeiros minutos de jogo. Por pelo menos três vezes, salvou a meta tricolor, em outras duas contou com a falta de pontaria do ataque grená. Só que os comandados de Renato Portaluppi usaram a efetividade a seu favor. Aos 20 minutos, Diego Costa passou para Villasanti pela direita, que cruzou para o meio e Cristaldo cabeceou para o gol. Volpi chegou a espalmar a primeira, mas o argentino marcou de canhota no rebote. O tricolor não desempenhava bem, mas tinha a vitória.
A prova da vulnerabilidade tricolor é que aos 23 minutos, Caíque precisou sair de sua meta para interceptar o lançamento que buscava Álvaro. Feijão acabou mandando para fora no rebote, mas o Grêmio se deixava atacar mais uma vez. O Caxias não baixou suas linhas, pelo contrário, aumentou a pressão. Contudo, a equipe não conseguiu mais penetrar com a mesma facilidade na defesa tricolor.
As poucas possibilidades de jogadas do Grêmio saiam com os pontas Pavón e Gustavo Nunes, mas com destaque para o garoto. O meio campista Pepê ainda articulou jogadas pelo centro do campo, mas sempre buscando as pontas no terço final. Os minutos finais do primeiro tempo foram marcados por fortes chegadas de ambos os lados, e uma correria do Caxias para tentar igualar o placar, mas sem sucesso.
Segunda etapa com outro Grêmio em campo
O segundo tempo começou com uma estratégia diferente do Tricolor, em que tentava manter a posse. A equipe conseguiu manter a bola rodando entre os setores do time, dando ritmo ao jogo e escolhendo o melhor momento de atacar. As ligações diretas e chutões não deixaram de ser tentados, assim como a dependência das jogadas individuais dos pontas.
Mas se no primeiro tempo o Grêmio tinha um gol em uma chance gerada, no segundo tempo o time passou a empilhar oportunidades e aumentou o placar com justiça. Aos 22 minutos, a bola sobrou para Diego Costa, que invadiu a área e foi derrubado por Marcelo. O atacante se escalou para bater e marcou, bola para um lado e goleiro para o outro.
O 2 a 0 parecia dar maior tranquilidade para o restante da partida e para o jogo da volta. Com isso, Renato optou por tirar Pavon, Pepê e Cristaldo para as entradas de Du Queiroz, Dodi e Nathan Fernandes. Mas aos 30 minutos do segundo tempo, depois de um erro incomum de Caíque, a bola bateu nas costas do volante Du Queiroz e acabou no fundo do gol tricolor. O lance foi para o VAR, já que o atacante Álvaro parecia impedido, mas o árbitro entendeu que ele não interferiu no lance.
Com 2 a 1 no placar, o Caxias colocou fogo no jogo. O time da casa começou a empilhar lançamentos e cruzamentos na área. As trocas realizadas por Renato tornaram o meio campo tricolor estéril, fazendo com que a bola sempre retornasse para o Caxias. O treinador ainda colocou o zagueiro Rodrigo Ely e o atacante JP Galvão.
Os minutos finais foram marcados por uma pressão incessante do time da casa, que não deixava o tricolor respirar. Lançamentos e chutes ficaram ainda mais frequentes e a estratégia de posse de bola foi totalmente desmontada. JP Galvão puxou um contra-ataque nos minutos finais e foi derrubado na área, mas nada foi marcado pela arbitragem. O lance gerou um princípio de confusão, por que ambos os times estavam insatisfeitros com as marcações recentes.
Depois do apito final, os jogadores dos dois times se aglomeraram em frente ao árbitro da partida, protestando contra algumas de suas marcações. Mas a volta para os vestiários foi tranquila, sem mais confusão.