Em reunião com a Seduc, CPERS denuncia fracasso da política educacional do governo Leite e exige mudanças

Na segunda-feira (26), representantes da direção estadual do CPERS e da Secretaria de Educação do RS (Seduc) reuniram-se para a primeira reunião do ano letivo de 2024. O encontro, realizado na sede da Seduc em Porto Alegre, tinha o objetivo de expor as demandas que chegam até o Sindicato e debater outros temas relevantes para a educação pública estadual.

Dados extremamente preocupantes do Censo Escolar 2023, denúncias de assédio nas escolas estaduais, questões pedagógicas e a situação de miserabilidade da categoria foram alguns dos pontos debatidos no encontro.

Na abertura, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, entregou à secretária de Educação do Estado, Raquel Teixeira, uma cópia do estudo realizado pelo Dieese com os dados do Censo Escolar 2023. As informações apresentadas confirmam o que o Sindicato vem denunciando diariamente: os “avanços na educação pública” propagandeados pelo governo Eduardo Leite (PSDB) não se sustentam estatisticamente.

“Me entristece muito ver a situação atual da educação pública no nosso estado, este estudo do Dieese reafirma tudo o que a gente vem criticando nesse governo. A redução sistemática do papel do Estado na garantia do acesso à educação está precarizando cada vez mais o trabalho e o dia a dia nas escolas e, consequentemente, levando a educação pública gaúcha a patamares desastrosos”, denunciou a presidente do Sindicato.

A secretária recebeu o documento, mas afirmou que as pessoas responsáveis pela análise dos dados na Seduc não estavam presentes na reunião e o tema seria debatido em outro momento.

Outro ponto de extrema importância foi a questão salarial da categoria. Mesmo que o tema não seja de incumbência da Seduc, os representantes do Sindicato fizeram questão de sinalizar para Raquel que ainda aguardam o chamado do governador Eduardo Leite (PSDB), para reafirmar a luta da educação por salários justos para todas(os) as(os) profissionais que atuam nas escolas estaduais e também para aquelas(es) que já se aposentaram.

Foi destacado ainda, que em função dos baixos salários muitas(os) educadoras(es) acabam adoecendo e se submetendo a condições vis de trabalho por medo de perder o pouco salário que tem. Os baixos salários também justificam a baixa procura e o pouco interesse pelas profissões educacionais.

“Essa situação de miserabilidade está adoecendo a nossa categoria. Em sua grande maioria, nossos colegas precisam sortear quais contas pagar no fim do mês e eu não posso aceitar que se trate os aposentados como segunda linha. Nós conquistamos o que conquistamos em razão de quem veio trilhando o caminho até aqui”, reforçou Helenir.

Compartilhe :

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Imprimir

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *