A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul relatou nesta segunda-feira (19) cinco casos confirmados de mpox em 2024. Três desses casos foram em Porto Alegre, um em Gravataí e outro em Passo Fundo. A mpox, que anteriormente era conhecida como varíola dos macacos, é uma zoonose viral que pode ser transmitida entre humanos e animais. Esses casos no estado estão associados à cepa anterior do vírus, diferente da nova variante que levou a OMS a declarar emergência sanitária global.
A mpox é causada pelo vírus MPXV, pertencente à família dos Orthopoxvirus, que inclui também o vírus da varíola humana. A doença foi inicialmente identificada em 1958 em colônias de macacos usados para pesquisa, mas agora sabe-se que pode ser transmitida por vários mamíferos, incluindo roedores como esquilos, e até cães domésticos.
Os sintomas da mpox incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, e o surgimento de bolhas ou feridas na pele. A transmissão ocorre por contato direto com as lesões de pele, secreções respiratórias, ou objetos contaminados. O tratamento é focado no alívio dos sintomas, já que não há uma cura específica.
No Brasil, a vigilância continua sendo essencial para prevenir a disseminação da doença, especialmente considerando o aumento de casos globais e a emergência sanitária declarada pela OMS. A mudança do nome da doença de varíola dos macacos para mpox foi implementada para evitar estigmatização, especialmente após casos de violência contra macacos em certas regiões, onde erroneamente se acreditava que os animais eram os principais transmissores do vírus.
A situação no Rio Grande do Sul reflete a importância de monitorar e controlar a disseminação do vírus, com esforços contínuos em saúde pública para evitar novos surtos.
Juliana Luz
Laura Pires